domingo, 30 de junho de 2013

"ideias e ideais do eu de mim em negritude..."



Foto: "O coração que está em paz vê uma festa em todas as aldeias." [Provérbio Hindu]
Irane Castro.

"O construto histórico fascina-me.
Vivo a catar informações, elencando leituras para justificar o passado em presente no agora de interrogações vivas pela cor da pele, pelo social, pelo capital, pela cultura, pela hereditariedade, pelo olhar  destorcido que se desenha   o viver e conviver em sociedade.
No monte da vez, o romance 'escravo da ilusão (Ana Cristina Vargas) que me desvenda um historiar  que explica 'a respeito de todas as transformações de um mesmo ser em várias formas de existência....,  de um lado, os nobres e ricos; do outro, os pobres e escravos; dois mundos  bárbaros unidos pela violência  e pela degradação moral'.
Percebida tal situação,  desde os confins africanos perpassando pelo tráfico negreiro,  sua decretação de extermínio em território americano (1850), as permanências e mudanças cerceiam o cotidiano e  o especular  de ser ainda  escravo (a) no caminhar de acontecimentos  bem contemporâneos.
Empolgação, deslumbre a cada página  com veracidades sentenciadas e  esclarecedoras pelo viés da espiritualidade, um fato novo pra mim, que interessantemente não  aceitava um divórcio d'leitura no instante. Tanto que, na  sexta-feira levei para a escola (ler no intervalo da formação  continuada) e incrivelmente senti na pele o repúdio e descaso  de alguns ao ver o  titulo do livro -  um romance espírita.  
Silenciei, calei, emudeci, estarreci,  choquei e respirei.  Mas, não esbravejei.
O momento de retrucar vai chegar. Pois, nada do nada e tudo do tudo  que dizem mancha o que  aprendi em   respostas às minhas dúvidas pessoais-espirituais-historiadas-intelectuais -etc.
Desde a infância, os livros-leituras-letras  proporcionam a construção de um mundinho infinitamente particular que enfeitei-reescrevi-recolorir  num  refúgio e espaço de fortalecimento das batalhas cotidianas.
Estou-me no agora, ao remexer ideias e ideais em negritude, inserida no   jeitinho Irane de ser- maluquete e irreverente- de    beber  informações  sobre as  minhas  raízes históricas como  pés e mãos que construíram a terra brasilis.
Catando aqui e ali,   desabrocharei em sintonia com a liberdade de agir,  pensar e desfrutar a individualidade   do   eu de mim com preleções de ontens em hoje's de vontades de recomeçar a viver  cada dia, logo.
Irane Castro
São Luís _ Maranhão (Minha Ilha do Amor)
Domingo, 30-06-2013
 

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Pretiando por ai...

Eu gosto do impossível,
tenho medo do provável,
dou risada do ridículo e choro porque tenho vontade,
mas nem sempre tenho motivo.
Tenho um sorriso confiante que as vezes não demonstra o tanto de insegurança por trás dele.

Sou inconstante e talvez imprevisível.
Não gosto de rotina.

Eu amo de verdade aqueles pra quem eu digo isso,
e me irrito de forma inexplicável quando não botam fé nas minhas palavras.
Nem sempre coloco em prática aquilo que eu julgo certo.
São poucas as pessoas pra quem eu me explico...

Bob Marley