"...triste pela perda de
mais um pai, trabalhador, ser humano, gente com defeitos e acertos que lutava
para sustentar a si e aos seus (policial morto, ontem em trabalho extra-oficial
como segurança de um açougue em são Luís, pra aumentar dinheiro da
alimentação de casa).
Fica apenas, a transfiguração
de outra partida inesperada, espedaço de familiares que não entendem como este
(a) /aquele (a) se foi de repente, sem despedida.
Sinto a profundidade da
problemática que espelha a falta de controle, por isso cada vez mais, que:
_ Encontro-me chorosa, pela
dor alheia, como se fosse minha;
_Indignada e entristecida, por esse caos acirrado na Ilha.
_ Apavorada sem saber quem será a próxima vitima - eu, parentes, amigos
conhecidos, desconhecidos ou qualquer um.
Sei que é situação que enclausura TODOS, amedronta muitos e alarma quer
na rua quer em casa.
Indago-me, se devo simplesmente continuar em permanentes enxugamentos de
lágrimas, perante a reinante violência:
desmedida, inexplicável,
irreparável, incontrolada e vivenciada em todo espaço.
Até quando, interesses e
regras de alguns será a lei de vida/morte?
Quantas mais vidas, ceifadas por negligência de uns?
Como caminhar pro dia, sem
saber se chega com os meus ou carregada por mais, pés?
Cabe a urgência de respostas, praticas
viável e controle de tais barbáries, pro agora.
Não se pode esperar por muito,
atrocidades e insegurança. Que espelham, estampam e abraçam a morte, a cada
esquina além, da certeza de se enxergar com medo, o outro.”
Irane Castro.
Beco da Preta
Segunda-feira, 15/09/14
São Luís- Maranhão.
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