"Por cá, palavreando as lembranças de ontens da menina sobrevivente das dificuldades de ser criança cheia dores, falta de saúde, dificuldades financeira, ausências familiares e uma magreza cadavérica que assomavam nos medos das ações vivenciadas numa curiosidade infantil presente e marcante que expunha-me a indagações urgentes sobre o espaço desconhecido além da minha porta.
No entanto, poucas oportunidades de respostas para o que-como-onde-porque existiram e indo, escutando 'um cala boca' que deixou acréscimos de timidez massacrante dentro do eu de mim.
Também, achei-me abençoada com uma fada-madrinha real (professora da escola particular, como se dizia na minha época de criança), que ensinava todos as crianças do bairro numa praticidade de ensinar, encantar e enfeitar com leituras e brincadeiras o mundinho de cada um.
Igualmente, adotada, acarinhada e incentivada a encontrar através da alfabetização precoce o parcelamento de entendimentos para as eternas perguntas-dúvidas-descobrimento através das letras.
Cedo passei a ser viajante em palavras, engolidora de páginas, desbravadora de aventuras literárias, escrevente de momentos vividos e imagináveis, de reinventar um cantinho próprio que saia colorindo outros inicios-meios-fins para as minhas historíolas.
Dilatei O gosto pela leitura.
Desenhei o escrevinhar de minhas lágrimas em sorrisos num contorno crescido para combater pela vida, em vida e com vida. Construir uma fortaleza apreendida que serviu de baluarte para ser gente de garra. Ainda, fui esquadrinhando novos hoje's de permanências em mudanças apinhadas de vontades florejantes de semear conhecimento pelo caminho de caminhante do caminho caminhado, num pelejar de vontades para recomeçar o meu agora, a cada dia - imediatamente " |
Irane Castro
Sábado, 12-10-2013
São Luís- Maranhão
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Pretiando por ai...