terça-feira, 29 de outubro de 2013

"... sou ninguém e daí?"


"O movimento  informacional apresenta a volúpia de um filme de terror real em terra brasilis. Nele sinto a desvalorização da vida retratada em cenas horripilantes, atrocidades caprichadas, requintes de crueldade, motivo vil, disputa por um poder massacrável,  mascaramento de  um  escancaro  e aprofundamento de   dores alheias  que sobrecarrego individualmente.
Por cá, o   ato de nascer  pontua a penalidade de ser  periférica de si mesmo, condenada sem direito a julgamento e ainda sentenciada  a morte por ser gente. Vejo, as punições  dos inquisitores legais/ilegais aflorada no vento e no tempo para todo aquele cidadão incutido numa presente-real-massacrante problemática de ir bovinamente  (crianças-jovens-adultos-idosos), para  covas rasas em cemitérios e, enterrar em vida familiares  perante tantas calamidades apadrinhadas pela cegueira da justiça-injustiça.
Marcante o não saber a quem pedir ajuda, para que lado olhar e nem mesmo apagar o desanimo diante de uma pergunta dolorosamente escutada,  nunca mais apagada '- Senhor, por que o senhor atirou em mim…' frase drasticamente sambada  num ritmo fúnebre  pelos lábios  de Douglas Rodrigues , 17 anos (26/10, São Paulo), se repetiu com Jean (outro anônimo avacalhado em marginal), O marido de uma policial , ex-jogador decapitado (29/10) e tantos  incógnitos que aumentam a lista de mortos por    bairros enlouquecidos pelos terror, cidades sem  lei e direcionamento, da ausência de politicas públicas, do excesso  de não-prática da democracia -   que  é guardada numa moldura sem serventia-   e grandes explicações de autoridades que  ninguém entende direito.
E ainda, não explica nada, Mas, mostra o tudo da gravidade populacional vivenciado numa eliminação assombradora, onde o povo é  escolhido, enjaulado  e massacrado como se fosse animais em matadouros nacionais.
A imposição  cotidiana  de  um massacre humano gera no eu de mim, o aceleramento  de sentimentos como  tristeza, raiva, lágrimas, medo, gritos  abafados  pelo   rasgamento de direitos a vida, pela vida e com vida  de cada um. 
O propagar de movimentos  reivindicatórios carregados de violência, destruição, roubalheira não justificável contrabalanceada por  ações de repressão  exagerada de uma  guerra invisível-visualmente condizente para  desafiantes e desafiadores, opressores e oprimidos  caminhantes de estradas diferentes,  comandadas pela 'lei do mais forte' ou 'lei de quem manda no pedaço' que operam  regras de obedecer, calar, sofrer e ainda espelhar  ditaduras oficiais.
A contextualização do aqui em  palavras  silenciadas, de berrar a minha fragilidade, de espelhar que sou ninguém, de não ser importante no mundo. Mas, o jeitinho Irane de ser  - maluquete e irreverente, sendo criatura  de loucuras,  por falar  dessa  indignação  que corrói minha alma, acelera  as batidas do meu coração,  mostra o nervosismo  de  mãos-pés trêmulas por qualquer motivo. Afora, a expressão de excessivo medo pela próxima atrocidade e querer ainda encontrar entendimentos da perda humana nessa batalha realística e cruelmente abominável. 
A cada agora teimosamente e  constantemente dentre as minhas limitações,  ainda quero  vontades de recomeçar a  pelejar  por um dia melhor, a cada agora - imediatamente."
 Irane Castro
Terça-feira, 29-10-2013
São Luís- Maranhão. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Pretiando por ai...

Eu gosto do impossível,
tenho medo do provável,
dou risada do ridículo e choro porque tenho vontade,
mas nem sempre tenho motivo.
Tenho um sorriso confiante que as vezes não demonstra o tanto de insegurança por trás dele.

Sou inconstante e talvez imprevisível.
Não gosto de rotina.

Eu amo de verdade aqueles pra quem eu digo isso,
e me irrito de forma inexplicável quando não botam fé nas minhas palavras.
Nem sempre coloco em prática aquilo que eu julgo certo.
São poucas as pessoas pra quem eu me explico...

Bob Marley