sábado, 5 de julho de 2014

"... pão e circo à brasileira"

Pretiando assim:

Por cá, conversando com meus botões numa tentativa de  domação da ira,   pelo desabamento do viaduto (Belo Horizonte). Desastre que  deixou-me  em lágrimas, triste e despreparada emocionalmente perante    essas mortes.

Minha indignação é tamanha diante  d'outra vergonha nacional, em que vidas ceifadas, famílias destruídas e apenas   trabalhadores  se vão sem direito, de dizer adeus.
Notifico a codificação da ausência de mais  duas almas, o rasgamento de sonhos, a matança desordenada de objetivos e o   enterro  prematuro do  futuro   individual.
Restará, o  sepultamento dos corpos,   a saudade para os entes queridos e dolorosa saudade,  jamais calada  diante do midiático  acidente e abertura cotidiana  no sofrimento, daqueles que estão de luto para sempre.
Infelizmente, mais um ato de  teatralização  ou precisamente, a encenação de maravilhas  num país encantado, deslumbrado e  esquecível da roubalheira de norte a sul.
Horrivelmente, o povo esqueceu de tudo. 
Igualmente, nada atrapalha  o 'pão e circo a brasileira' 
Triste realidade, que apenas cedeu  lugar para  aglomeração de indagações em mim,  tais como:
_ Quem vai responder por esse abominável  e, vergonhoso desastre? 
_Quanto foi usurpado do dinheiro público, nessa mega construção?
_Quem vai se responsabilizar, por essa bagaceira governamental?
_ Aonde amenizar  o  desespero dessas famílias,  diante de uma partida, sem volta e   sem a chance de despedidas?
_Quantas mais feridas  não cicatrizadas, não respeitadas e não respondíveis vai descer goela abaixo do cidadão pagador de impostos?
_Porquê as roubalheiras nacionais não são punidas?
_Quem vai acalentar as dores dos  familiares-amigos- conhecidos  nessa inesperada  perda  dos seus?
_Porque  a desvalorização  humana é presente, na falação das autoridades mega-irresponsáveis?
_ Até quando  vai permanecer essa   negação  de culpabilidade,  diante de fadada  obras faraônicas? 
Noto que  são apenas, questionamentos sem justificativas plausíveis.  No instante,  palavras   ditas q sopram citações de falsa moralidade e    discurso pela  busca de culpados.

Somente frases de escárnio, disfarçadamente imputadas em consolação aos  familiares, detalhamento de uma provável  ajuda  de custo -  indenizações e inquéritos no dia seguinte -  que não apagam o fiasco comedido e tranquilizado por autoridades.
 Choro  em palavras escrevinhadas e , angustiadas por não entender  a desvalorização  do povo, em terras brasilis. 
Até quando?
Infelizmente, penso que  anos afim-amém, a mesma ladainha de  culpar outrem,  medidas incompatíveis com  triste e amarga realidade minha-tua-nossa-todos os brasileiros."
Irane Castro
Sábado, 05/07/2014
São Luís- Maranhão

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Pretiando por ai...

Eu gosto do impossível,
tenho medo do provável,
dou risada do ridículo e choro porque tenho vontade,
mas nem sempre tenho motivo.
Tenho um sorriso confiante que as vezes não demonstra o tanto de insegurança por trás dele.

Sou inconstante e talvez imprevisível.
Não gosto de rotina.

Eu amo de verdade aqueles pra quem eu digo isso,
e me irrito de forma inexplicável quando não botam fé nas minhas palavras.
Nem sempre coloco em prática aquilo que eu julgo certo.
São poucas as pessoas pra quem eu me explico...

Bob Marley