terça-feira, 8 de julho de 2014

".. escrivinho minhas dores"

Pretiando assim:

 Karacas, não aguento mais ligar a  TV, Internet, Radio, Jornais escritos com  comentários ‘Neymar sentimos tua dor’ e tantos mais absurdos que adoecem meus ouvidos.
 Escrevinho que dor é dormir na fila a do SUS (se não tiver dinheiro para comprar uma senha), Quando e se for atendida pela  manhã sentir-se humilhada pelo(a) recepcionista, escutar  que daqui a dois/três meses ocorre a  consulta e, rezar para o médico (a)  comparecer ao consultório.
Ou como no meu caso, pagando absurdo de plano de saúde, agendamento via telefone, na prática um tratamento com atendentes grosseiras, mesmices situações desagradáveis,   horas de espera, sem respeito ao grupo preferencial ( idosos-deficientes-gestantes) e  desrespeito ao   cidadão pagador de imposto que sustenta o setor público e setor privado, que se mostra  uma enganação, não é de agora,  renova-se a cada dia. 
Fico perplexa,  como o momento futebolístico contaminou em todas as partes e infelizmente a saúde não poderia ser diferente - consultas remarcadas devido  a suspensão de atendimentos, para o pós-  torneio.  

  Por enquanto, o futebol  acalma e faz muitos esquecer do Tudo e do NADA inserido nos  problemas do cotidiano. Valendo o uso do adagio popular ‘lavar roupa suja em casa’ pela  excelentíssima líder politica brasileira. Mesmo assim, continuo receosa das loucuras  em ciclos de norte a sul da terra brasilis -  caso o resultado seja negativo a chuva de manifestações  em parte  baderna, descontrole e suscetíveis marginalização dos atos.
Intencionalmente,  a pergunta  que não consigo   calar  sobre  quem sente as dores minhas? Onde foi parar os investimentos da melhoria da cidade? Como uma nação mal resolvida investe zilhões em algo que nada  melhorou  em minha-tua-nossa vida?
 Claramente respondível, ninguém além da minha pessoa sofre e carrega minhas lagrimas  reais. Enquanto, o caro Neymar,  bom naquilo que  faz, milionário , uma corja de bajuladores e que  que não sabe o sabor de uma fila do SUS, o gosto da petulância de funcionários da saúde  pública e nem tão pouco usuário de transporte coletivo. Mesmo tendo sido pobre. Esqueceu rápido. Digo-lhe a  seleção não é você e, sim um grupo  que  também, fazem acontecer a partida. Também,  não foi legal  a falta de punição da FIFA, como sei que outras oportunidades aconteçam positivamente  para tua pessoa. 
 E,  tudo aqui e ali, vai enchendo a paciência.
Para achocalhar  resido  num Estado rico, citado  em  'bom e alto tom' pela governadora do Estado numa   ostentação da realeza dos contos de fadas, que escondem bairros sem infraestrutura,   ruas cheia de crateras, carros estacionados nas calçadas, ambulantes usando o espaço do pedestre  dentre tantas mais coisitas que assolam por aqui, como em várias partes do país. 
  Voltando ao meu pesadelo real em  susto triplo: chegar a clinica, ser ouvida  pelas  atendentes  e   entrar no consultório para a Médica, apenas se ocupar de catar as letras no teclado do PC , que encerrou  a maratona matinal, com um 'retorne breve -  atendente diz,  em setembro'.
Indignada, pressão alta, fome,  encarar a tarde (13 horas) pela paralização do transito  espalhada pela cidade    em decorrência do incêndio  num supermercado no centro da cidade (próximo a clínica que me encontrava). Dando prosseguimento a  batalha  para  atravessar o centro da cidade e  deslocar-me para minha residência. Primeiro, careci  entender o transtorno, pois   o quarteirão foi interditado  e consequentemente, uma volta imensa  para aterrissar numa parada de ônibus. Pelo menos este  não demorou e,  acomodada esperei 03horas e meia pra chegar em casa.
Salve....
Venci os obstáculos.  Por cá,  chorando as consequências   confirmadas em minhas pernas/braços inchados, dor-de-cabeça e  intensidade da febre/gripe/ tosse   ocasionado  pelo  esforço de caminhar ao sol  numa tentativa de  trafegar entre buracos (parte velha da cidade ), sem apoio logístico e  apavorada pelos infinitos arrastões e assaltos cotidianos.
Sinto o tamanho da canseira e desconforto corporal. Tanto que, estou intocada, imaginando  a alegria dos Castros, esbaldando-se em gritos e torcida  de 'somostosum'.  Me faz bem, o retorno literário de ‘Inferno’ de Don Brown numa tentativa de descobri outros conhecimento  respondíveis  ao rasgamento de cidadania,   em  terras das palmeiras,  que não mais canta o sabiá, apenas  a pobreza a nos guiar, como amostra do encontrado no verdadeiro Brasiiiiil.  
 Não estou assistindo futebol  nem tão pouco mudei de opinião e, daí?
Reafirmo que sou totalmente avessa  a futebol,  copa e as invencionices nacionais. Simplesmente cavoucando  caminhos  entendíveis da minha estranha lucidez. 

 Outra vez, sentindo-me uma minúscula  esquisitaça observada pelo grande mundo de iguais.  
Louca varrida... Maluca beleza....
 Que  o eu de mim, ultrapasse   esse espaço de lágrimas. E, permaneça observar   o mundo, do meu jeitinho Irane de ser - maluquete e irreverente,  de  lutar por tantos mais motivos de viver cada hoje"
Irane Castro
Terça-feira, 08/07/2014
Beco da Preta
São Luís-  Maranhão

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Pretiando por ai...

Eu gosto do impossível,
tenho medo do provável,
dou risada do ridículo e choro porque tenho vontade,
mas nem sempre tenho motivo.
Tenho um sorriso confiante que as vezes não demonstra o tanto de insegurança por trás dele.

Sou inconstante e talvez imprevisível.
Não gosto de rotina.

Eu amo de verdade aqueles pra quem eu digo isso,
e me irrito de forma inexplicável quando não botam fé nas minhas palavras.
Nem sempre coloco em prática aquilo que eu julgo certo.
São poucas as pessoas pra quem eu me explico...

Bob Marley