sexta-feira, 4 de julho de 2014

"...partiu gagau"

Pretiando assim:


"O momento de sossegada  manhã se foi  oportunizei-me  xeretices, de  pequenos detalhes   esclarecedores sobre  o mundo medieva:  a cultivação imaginária de um Deus que pune, o confrontamento do  tempo, fatos sociais-políticos-religiosos  que elevou o  sentido de pecado x salvação.
Constato em mim, que enquanto,  a parentada berra, se escabela, pulam e agitam a tarde.  Permaneço encafuada num quarto  com  minhas pesquisas  sobre a 'Divina Comédia (Dante Alighieri) que pontuou  o inferno-purgatório- paraíso e   a dicotomia Deus x Diabo.
Também, conformei   releituras  sobre a Peste Negra, dentre pecados e calamidades. E ainda,  adentrei no entendível realismo, resgate da mitologia  e ideias renascentista da cultura  greco-romana, inseridas nas pinturas de Sandro Botticello.
Tudo passado bem próximo.  Agora, valendo, o salve-salve de  chegança, instantes de balburdia felicidade, incríveis  arrumações para platéia do jogo entre Brasil x Colômbia dentre  fotos-poses-postagens, brincadeiras e bagunça do meu povinho.
Aguenta coração, ouvidos e cabeça pela barulheira. aqui deitada do meu ladinho a abençoada 'Maria 'minha sobrinha-neta linda, apenas dois aninhos de belezura, fofices e espertezas,  intensamente alegre, participativa e antenada com as tecnologia que cerca a pós-modernidade. Já sabe, apertar o fone do celular, gravar mensagens, igualmente,   em sua forma de  entrecortadas palavras ditas 'Tiaaaaaaaaaaa  bju', 'amuuu' ou a palavra da moda, que todos usam em restegue e para a mesma, reproduz  ' tiu gagau' ou 'partiu gagau'.Lindamente, agradeço tamanha benção em minha vida. Obrigada senhor.  .Por enquanto, o sobe e desce cessou. Foram pra suas bancadas torcer lá embaixo, numa gritaria nos moldes Castros e juntos na propagação da frase 'todos somos um'.
Pra variar, eu sem o fardamento  dos Neymarzete's. Trajei-me de vestidinho preto, somente  para zuar, espalhada  entre almofadas  para dar continuidade no meu isolado campeonato de leituras.
De repente, a gritaria outra vez pelos pedidos para ir assistir a abertura. Por zilhões de vozes com o mesmo brado. Desci pelas mãos de Débora (outra sobrinha-neta)  para prestigiar o canto do hino nacional, senão  má sorte.
Em seus 9 anos, sabe que sou  de tantas falações minhas. Mas, ainda não entende  o porque de tais, reivindicações.
Realização do desejo. Tchau!  
Subindo  rápido para   curti o  isolamento, de 90 minutos e   por cá, indagando-me outra vez:
Sou Alienígena?
Sou Maluca beleza?
Sou Louca totalmente?
Sou nada e Tudo?
Sei lá.
Não procuro respostas plausíveis.
Por quanto, a família  aumenta os berros, comilanças  e aplaudem o jogo, continuo com o mesmo esquema, NADA DE JOGO.
Opa, não sou do contra! ,
Nem mudei de opinião!
Estereotipando, o meu não gostar de  futebol.
 Nem  tão pouco, a favor da lambança financeira em Terra Brasilis ontem e hoje.
Para ocupar-me, simplesmente, busquei necessárias sentenças para aprimoramento de voos, com destino a Florença (Itália) e outros espaços retratados,   nessa viagem pela historicidade da baixa  Idade Média,  consequências na Idade  Moderna, alguns pontos de luto na  Idade Contemporânea e muitos relatos explícitos, no tempo do agora meu-teu-todos os globalizantes, aprazíveis de permanências em mudanças reais.  
Ansiosamente,  na torcida  para  que os conhecimentos adquiridos fomente  o entendimento, sobre a temática tão bem desenvolvida  na  assimilação semiturística do  'Inferno' de Dan Brown.
Ah, tomara que 'INFERNO' não seja por aqui e agora, depois das oito horas da noite.
Sei que valeu a pena adquiri essa bagaçada de informações, que  reafirmou que esse averno literário é  o meu partiu de hoje.
Beijinhos...
Inté...
 Partiu!"
Irane Castro
Sexta-feira, 06/07/2014

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Pretiando por ai...

Eu gosto do impossível,
tenho medo do provável,
dou risada do ridículo e choro porque tenho vontade,
mas nem sempre tenho motivo.
Tenho um sorriso confiante que as vezes não demonstra o tanto de insegurança por trás dele.

Sou inconstante e talvez imprevisível.
Não gosto de rotina.

Eu amo de verdade aqueles pra quem eu digo isso,
e me irrito de forma inexplicável quando não botam fé nas minhas palavras.
Nem sempre coloco em prática aquilo que eu julgo certo.
São poucas as pessoas pra quem eu me explico...

Bob Marley