terça-feira, 5 de novembro de 2019

A Acauhan – A malhada da onça

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Academia Literária De Sociedade de Poetas Virtuais _ ALSPV.
Acadêmica: Irane Castro
Patrono: Ariano Suassuna.
Cadeira: Nº 20
País: Brasil
Postagem Oficial: 05.11.19
A Acauhan – A malhada da onça
[Com mote de Janice Japiassu]
Aqui morava um Rei quando eu menino:
vestia ouro e Castanho no gibão.
Pedra da sorte o meu Destino
pulsava, junto ao meu, seu Coração.
Para mim, seu Cantar era divino,
quando, ao som da Viola e do bordão,
cantava, com voz rouca, o Desatino,
o sangue, o riso e as mortes do Sertão.
Mas mataram meu Pai. Desde esse dia
eu me vi como um Cego sem meu guia
que se foi para o Sol, transfigurado.
Sua Efígie me queima. Eu sou a Presa,
Ele a Brasa que impele ao fogo, acesa,
Espada de ouro em Pasto ensanguentado.
– Ariano Suassuna, “Dez Sonetos com Mote Alheio”. Recife: edição manuscrita e iluminogravura pelo autor, 1980.
Irane Castro♡

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Pretiando por ai...

Eu gosto do impossível,
tenho medo do provável,
dou risada do ridículo e choro porque tenho vontade,
mas nem sempre tenho motivo.
Tenho um sorriso confiante que as vezes não demonstra o tanto de insegurança por trás dele.

Sou inconstante e talvez imprevisível.
Não gosto de rotina.

Eu amo de verdade aqueles pra quem eu digo isso,
e me irrito de forma inexplicável quando não botam fé nas minhas palavras.
Nem sempre coloco em prática aquilo que eu julgo certo.
São poucas as pessoas pra quem eu me explico...

Bob Marley