segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

"...eu, ovelha negra!!"




“....tão-somente, desde que  decodifiquei letras,  juntei vocábulos, somei parágrafos,  reuni páginas como  passaporte para o universo  de alfarrábios que espontaneamente alimentei e adverti uma  ovelha negra no meu  ser gente - diferente, doida, cítrica, excêntrica, crítica enclausurada, investigativa, briguenta, reflexiva, avoante e viajante.
Tal querela em criança, pela deficiência monetária, usuária do acervo da escola pública. Com tanta frequência que fui batizada de ‘ratinha de biblioteca’.  Comumente, avacalhada pelos  colegas que  não entendiam a minha paixão por livros. Ignoravam minha curiosidade de conhecimentos, vasculhamento de enigmas e novidades. Somente era piada-chacota  sobre provável venda ou uso do papel na  feira, entre tantas coisitas que nem vale a pena relembrar o dito e não dito.
Na adolescência, não participante de farrinhas da idade (problemas de saúde), esquecia-os e cruzava mundos em palavreamento.
Na fase adulta, patrona de meus saltérios, viciada em orbe  literária, estafante nessa compulsão e, por conseguinte, dessemelhante na minha  multidão.
Por cá, na Terceira Idade  é  disparidade  no  roteiro cotidiano  o desembaralhamento   de cheiros, enigmas, situação-problema,  missivas e reescrevinhamento do  achismo, que me mimoseiam a cada dia.  
Afinal, deleitosa  por  tamanhas excursões florescida  no jeitinho Irane de ser (maluquete e irreverente) de continuadas loucuras-loucas  de cavoucar o  caminho de caminhantes do caminho de caminhante,  por caminhadas dores em felicidade - quer chorando quer sorrindo, no meu  agora’s.
Além disso, aprendi com a leitura parti  reescrevinhando instante’s, rehistoriamento passos e recolorindo metas do  viver – aqui, ali e acolá numa  construção de um mundo melhor,  dentro e fora do eu de mim – no hoje, imediatamente!”
Irane Castro.
Beco da Preta
Sexta-feira, 29-12-14
São Luís- Maranhão

 























 

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Pretiando por ai...

Eu gosto do impossível,
tenho medo do provável,
dou risada do ridículo e choro porque tenho vontade,
mas nem sempre tenho motivo.
Tenho um sorriso confiante que as vezes não demonstra o tanto de insegurança por trás dele.

Sou inconstante e talvez imprevisível.
Não gosto de rotina.

Eu amo de verdade aqueles pra quem eu digo isso,
e me irrito de forma inexplicável quando não botam fé nas minhas palavras.
Nem sempre coloco em prática aquilo que eu julgo certo.
São poucas as pessoas pra quem eu me explico...

Bob Marley