sábado, 25 de outubro de 2014

"... inté, gordices!"


“Incido em parte integrante  da categoria de   mulher gordinha, baixinha (1,54cm) que abarca a profundidade de um olhar, de uma palavra e  de aquinhoar  dores sobre a balança, que acrescenta não somente peso. Mas, senti na pele atos preconceituosos de outrem, ali e acolá do instante.
 Asilei dramático fato triste, autêntico e persistente no meu mundinho, escrevinhando meu grito em silêncio. Destarte, de simples e sincera palestraria com as problemáticas reais e massacrantes,  que vivencio  em mim.  Por isso,  que  seja unilateral transformei  em bilateral – eu e as palavras, no seguinte estilo:
Ah!  Dona gordura que chegou pra me visitar, não marcou data de partida.  Alongou-se   tão dadivosa  que aos poucos implantou seu assinalado feitio   na  rotina, em espantosa pança e  nem ficou percebida que sua estadia decompôs  a morada , tais como:
_  superlotou armário de cozinha;
_ entupiu geladeira;
_bagunçou  guarda-roupa;
_ espaçou cansaço físico;
_ prolongou  insônia;
_ separou sapatos;
_ acendeu medicações;
_ desligou coragem;
_ germinou preguiça;
_ arrotou mau humor;
_ acalorou cama;
_ anestesiou vontades;
_ desuniu palavreamento;
_aumentou barriga;
_ somou peso;
_ desprendeu tudo;
_ colheu nada.
Diante de enfastiadas e tediosas piadinhas sobre a prolongada permanência de cursa moradora, impeli  desmedida  pausa para ações reflexivas com o espelho e a visitante - espaçamento da  deformidade corporal, falta de vestimentas, mil e uma dobrinhas acumuladas e apavoreis.
Do mesmo modo, parei para uma abreviação da temporada da querida hóspede, com táticas de boa vizinhança:
_ Primeiramente, deliberei em mim, uma separação amigável;
_ Depois, mapeei turnês clínicas, intimidantes diagnóstico, incorporação de medicação, zilhões de não pode isso/aquilo e  comedimento   psicológico, de modo que não permaneça    ensandecida pela profundidade dessa chegança lipídica;
Pós-excursões, novamente, causei  uma conversaria com  a moradora, disse-lhes,  ‘não estou  expulsando-lhe, apenas, fornecendo ferramentas para que possa conscientizar-se  que  tua prolongada permanência por cá, apresenta  infelizes consequências para o meu espaço tão melítrico (sobrepeso, cansaço, inchaço, depressão, pressão alta e psicológica entre outras coisitas)’.
Ao mesmo tempo, discorri acordos e medidas paliativas para que caminhemos  em solução  para  separação sem ressentimento, sem atropelamentos e sem vexames;
_ Aos poucos, apreende-se afastamento,  necessidade  e enfretamento de cavidades individuais e  preparação de mudanças para outros espaços;
Cabe, paciência, coragem e fé para afrontar pesos e medidas ajeitadas para o término dessa  relação no meio  do meu eu e as banhas.  Tanto que pedi  carinhosamente que a  convive me escutou.  Porquanto, a minha casa-corpo estar ficando pequena, menos quilos (tiquito),  experimentando destrezas físicas-mentais  e correndo para uma lapidação de um novo arranjo corpóreo.
 Muitas Gracitas, agora que acolhemos aspirações ajustadas e exercitadas  com constância  de acordos implantados em meio a dietas, exercícios físicos-mentais  numa finalidade coesa e marcante de um dia dizer ‘inté, gordices’ dentro do eu  mim, no meu hoje – imediatamente!!”
Beco da Preta
Sábado, 25-10-14
São Luís- Maranhão



 


 


 


 



  


 



  


 


 

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Pretiando por ai...

Eu gosto do impossível,
tenho medo do provável,
dou risada do ridículo e choro porque tenho vontade,
mas nem sempre tenho motivo.
Tenho um sorriso confiante que as vezes não demonstra o tanto de insegurança por trás dele.

Sou inconstante e talvez imprevisível.
Não gosto de rotina.

Eu amo de verdade aqueles pra quem eu digo isso,
e me irrito de forma inexplicável quando não botam fé nas minhas palavras.
Nem sempre coloco em prática aquilo que eu julgo certo.
São poucas as pessoas pra quem eu me explico...

Bob Marley