“Por cá, desgostada pela ocorrência dum episódio lamentável que bateu à minha porta. Drama legítimo ocorrido as dezessete horas (horário local), que incidiu quando liguei para o mercadinho que trabalha com tele-entrega e, perguntei qual a possibilidade de pedido-entrega?
O atendente proferiu um sim, avisando-me que no momento teria que esperar, pois não tinha pessoa disponível e anotou de má vontade o endereço - tudo dito, em palavras grosseiras como se eu estivesse incomodando.
Compreendi uma voz que soou diferente – não era conhecida. Outra vez, refiz a pergunta e recebi uma resposta positiva.
Ocupada com outros afazeres aguardei o suficiente. Uma hora de aguardo. Regressei a transação telefônica, a jovem de voz distinguida, anotou e menos de 5 minutos foi trazido pelo entregador de voz arrogante, desconhecido e vestido com a farda. Fiquei apreensiva, por não conhecê-lo, o porteiro acompanhou e subiu para entregar umas correspondências e disse-me que ele era novato, mas já tinha presenciado seu dia de trabalho por diversas vezes. No entanto, o funcionário foi mal educado e tratou-me como se tivesse forçando-o a trabalhar fora do seu horário de expediente.
Paguei, ele foi embora.
Lembrei que nunca tive problemas, todas as entregas, desde que cheguei nesse bairro sempre me atenderam com presteza, além de dignificam o recinto e a proprietária que conheço, a muito tempo.
No entanto, ao abrir as sacolas deparo-me com algumas frutas estragadas, perplexa com tamanho absurdo, outra vez, disquei para reclamar e segundo a auxiliar, a troca seria em menos de 10 minutos que se transformou numa chateação polemizada.
Nada. Ansiei. Conferi zilhões de vontade de não estressar.
Do mesmo modo, telefonei e por coincidência o jovem que veio até minha residência, de forma debochada, disse-me: que ‘era para ficar com as frutas, que estavam em boas condições de uso’. Educadamente, respondi-lhe que precisavam ser trocadas.... Ele desligou na minha cara.
Ainda, ponderando a dramática cena e controlando a raiva acumulada pós-15 ligações dentre liga/ desliga, a décima sexta, alguém atendeu dizendo-me que não faria a troca. Sei que arrebentou a zanga, contrapus ‘última chance de vocês concertarem o erro, ou seja, frutas novas ou a devolução do meu dinheiro. Escolham?
O outro lado da linha silenciou -. Apenas, ouviu a minha falação em tom esbravejado, onde afirmei que ia parti para dialogar direto com a Dona do estabelecimento. Inda, prestarei queixa na delegacia pelo desrespeito para com uma idosa-deficiente, preconceito de um funcionário raivoso e amanhã irei até o PROCON pela enganação de mercadorias, pois tenho nota fiscal, fotos e testemunhas.
Num passe da mágica, a situação se resolveu, o dinheiro foi devolvido e solicitação de desculpas.
Cá com meus botões, imaginando o tamanho da minha cara de lerda para tentarem me enganar com pequenos detalhes que macula a honradez de um cidadão.
Até quando, o desrespeito pela idade e deficiência serão presente.
É muita palha assada, torrada, queimada.
Comigo NÃO.
Pondero. Reclamo e não aceito ser ludibriada nem tão pouco humilhada pelo caminho.
Sou gente!
Sou eu do meu jeitinho Irane de ser – maluquete e irreverente de pelejar por meu espaço e direitos no hoje, imediatamente!”
Irane Castro
Beco da Preta
Quinta-feira, 30.10.14
São Luís- Maranhão
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Pretiando por ai...