quinta-feira, 30 de outubro de 2014

" .. espaço e direitos no hoje!


“Por cá, desgostada pela ocorrência dum episódio lamentável que  bateu à minha porta. Drama legítimo ocorrido as dezessete horas (horário local), que incidiu quando  liguei para o mercadinho que trabalha com  tele-entrega e, perguntei  qual  a possibilidade de  pedido-entrega?
O atendente proferiu um sim,  avisando-me que no momento teria que esperar, pois  não tinha pessoa disponível  e anotou de má vontade  o endereço - tudo dito, em  palavras grosseiras como se eu estivesse incomodando.
Compreendi  uma  voz que  soou diferente – não era conhecida. Outra vez, refiz a pergunta e recebi uma resposta positiva.
Ocupada com outros afazeres  aguardei  o suficiente.  Uma hora de aguardo. Regressei a transação telefônica, a jovem de voz distinguida, anotou e menos de 5 minutos foi  trazido pelo   entregador de voz arrogante,  desconhecido e  vestido com a farda.  Fiquei apreensiva, por não conhecê-lo,  o  porteiro  acompanhou e subiu para entregar umas correspondências e disse-me que ele era novato, mas já tinha presenciado seu dia de trabalho por diversas vezes.  No entanto, o funcionário foi mal educado  e tratou-me como se tivesse forçando-o a  trabalhar fora do seu horário de expediente.
Paguei, ele foi embora.
Lembrei que nunca tive problemas, todas as entregas, desde que cheguei nesse bairro sempre me atenderam  com presteza, além de  dignificam o recinto e a  proprietária que conheço, a muito tempo.
No entanto, ao abrir as sacolas deparo-me  com algumas frutas estragadas, perplexa com tamanho absurdo, outra vez,  disquei para reclamar e segundo a auxiliar, a troca  seria em menos de  10 minutos que se transformou numa chateação polemizada.
Nada. Ansiei. Conferi zilhões de vontade de não estressar.
Do mesmo modo, telefonei  e por coincidência o jovem que veio até minha residência, de forma debochada,  disse-me: que ‘era para ficar com as frutas, que estavam em boas condições de uso’. Educadamente, respondi-lhe que precisavam ser trocadas.... Ele desligou na minha cara.
Ainda, ponderando a dramática cena e controlando  a  raiva  acumulada pós-15 ligações dentre liga/ desliga, a  décima sexta, alguém atendeu dizendo-me que não faria a troca. Sei que arrebentou a zanga,  contrapus ‘última chance  de vocês concertarem o erro, ou seja,  frutas novas ou a devolução do meu dinheiro. Escolham?
O outro lado da linha silenciou -. Apenas,  ouviu  a minha falação em tom esbravejado, onde afirmei que ia  parti para dialogar  direto com a Dona do estabelecimento. Inda, prestarei queixa  na delegacia pelo desrespeito para com uma idosa-deficiente,   preconceito de um funcionário raivoso  e amanhã irei até o PROCON pela enganação de mercadorias, pois tenho nota fiscal,  fotos e testemunhas.
Num passe da mágica, a situação se resolveu, o dinheiro foi devolvido e  solicitação de desculpas.
Cá com meus botões, imaginando  o tamanho da minha cara de lerda para tentarem me enganar com pequenos detalhes que macula a honradez de um cidadão.
Até quando,  o desrespeito pela idade e deficiência  serão presente.
É muita palha assada, torrada, queimada.
Comigo NÃO.
Pondero. Reclamo e não aceito ser ludibriada nem tão pouco  humilhada pelo caminho.
Sou gente!
Sou eu do meu jeitinho Irane de ser – maluquete e irreverente  de pelejar  por meu espaço e direitos  no hoje, imediatamente!”
Irane Castro
Beco da Preta
Quinta-feira, 30.10.14
São Luís- Maranhão


















 

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Pretiando por ai...

Eu gosto do impossível,
tenho medo do provável,
dou risada do ridículo e choro porque tenho vontade,
mas nem sempre tenho motivo.
Tenho um sorriso confiante que as vezes não demonstra o tanto de insegurança por trás dele.

Sou inconstante e talvez imprevisível.
Não gosto de rotina.

Eu amo de verdade aqueles pra quem eu digo isso,
e me irrito de forma inexplicável quando não botam fé nas minhas palavras.
Nem sempre coloco em prática aquilo que eu julgo certo.
São poucas as pessoas pra quem eu me explico...

Bob Marley