"...até um tempinho próximo Upoan-Açu era desconhecida por muitos, quer geograficamente, quer culturalmente, etc., ou mesmo, qualquer coisa que direcionava o seu achamento tão distante da realidade dos grandes centros brasileiros. As vezes apenas o palavreamento poético recitou que 'minha terra tem palmeiras onde canta o sabiá (...)', mostrando o esplendor de paragens literárias e literalmente orgulho de quem desfruta o gostinho de ser daqui. Ah, querido Gonçalves Dias, por cá, a terrinha deixou de ser a 'Ilha do Amor' sobrevindo a 'Ilha do Terror'. Ainda, as aves gorjeiam. Mas, outros canto de pavor, comando de voz do silêncio, rasgamento do respeito além da forte guerrilha de poder que acomete invasão em delegacias, queima de ônibus , somatória imposta pela condenação à morte de uns e a refletida ausência do ajustamento governamental.
Triste, real e desmedida realidade rotineira veio de tão longe, se instalou e aprisiona os habitantes em dores individual e coletiva. Levando-me a questionamentos , tais como:
_Até quando cenas de filmes de violência será contracenada entre quem manda e quem obedece?
_ Calar é a ordem implícita totalmente explicita do momento?
_ Tem-se que esperar a próxima vitima?
_ A lei do salve-se quem puder que estar valendo?
_ No ringue dominador e dominados protagonizam o cruel drama envolvendo famílias?
_ O toque de recolhimento são horários improváveis para o cidadão pagador de imposto e provavelmente aceitável para um comando invisível?
_ Quem ditas as regras do mais forte ou menos problemático?
_ Quantas cabeças orientam essa batalha: estado maior estado paralelo?
Tantas perguntas, sem resposta. Até aqui, nenhuma justificativas plausível para o escancarar dessas feridas.
Continuo a indagar, falar e reclamar. Percebo, que 2014, afinou as diretrizes filosóficas de autoridades confabularias, ditames de rivalidades entre dominador e dominados.
Se faz, marcante, a rigorosa aplicação do principio de obedecer, calar, aplaudir e nada ver.Resta-nos, a TODOS que sentem a explosão negativa, do não gostar da trama ao vivo, cores e maldades que envolve a população ludovicence, espernear caladinho para não ser trucidado pelo absurdo atos de violência - guardando suas mágoas apenas pra você e você mesmo.
Karacas, não aguento isso. Tenho que esbravejar escrevinhando a assombrosa novelesca que abarrota de raiva, o eu de mim.
Ainda que, sofro pelo tremendo descaso da justiça que NÃO escuta o pedido de socorro de homens apoquentados à obediência de chefetas. O vigor de um estado paralelo que julga, condena aleatoriamente, de forma rápida. e impondo absurdas leis sobre morte - quem, como e quando.
Além disso, fico a tecendo conjecturas sobre a possibilidades desses grupos estarem sendo manipulados/USADOS por aproveitadores interessados em expor o caos administrativo da policia-secretarias e judiciario, usurpando esses reféns da marginalização, para apavorar geral.
Enquadro outras vertentes que danificam a seguridade do povo, o ano politico nma provável hipótese para manchar e transformar em novíssimo oeste obediente aos mais poderosos.
Devo ter cuidado e apenas trancar as angústias que batem a minha porta. de certa forma, ver e não olhar o rosto do meu povo em lamento pela perda humana, pela perda de liberdade, pela perda de bem-estar e pela perda de ser gente.
Serão outras coisitas de impossível resolução?
Dentro de mim, sinto que são acontecimentos feitos numa quebra de braço entre poderosos (homens do governo x homens do poder). Igualmente, chefes abusados de um poderio aquartelado, reinante, e forçosamente direcionador da velha em nova cidade dos horrores mórbidos.
Ou simplesmente, envolvidos ocultos, mascarados e interessados no circo pegar fogo, na pratica.
Miudinha é a certeza do momento. Lacrimejar o vazio de medidas conciliatórias, descobridoras e punitivas aos envolvidos assombra-me ideias contrariedade pela aceitação do oportunizar novos atos de horror.
Se torna mais forte a vontade de pelejar novos meios-fins.
Ai percebo como sou teimosamente rebelde, GRITO em palavreamento sobre o tudo e o nada que assombra o medo meu e de MUITOS de não ter mais vida, a cada agora."
Irane Castro
Sexta-feira, 03-01-2014
São Luís- Maranhão.
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Pretiando por ai...