quarta-feira, 10 de julho de 2013

"Dilacera-me o desrespeito de alguns"



“Na semana anterior passei por  situações que enquadrou numa  condicionante de racismo velado. Exemplifico tamanha passagem ocorrida na quarta-feira (03-07). Chegando num determinado  órgão público  da minha terrinha, para procedimento de cadastro, encontrei tamanho fuzuê onde  um comandante aposentado, inflamado em petulância  pedia para ser atendido em preferência de seu título, desrespeitando os demais idosos e destratando  a recepcionista negra.
Atrevida que sou entrei na briga e disse-lhe 'a sua idade e titulação em desuso não lhe infringe o direito de pisar-humilhar nem tão pouco atos de racismo e humilhação para com os meninos e meninas da terceira idade que estão por aqui.
Em consonância as minhas palavras, as pessoas  que aguardavam com senha a vez de ser atendido,  engrossaram o eco contra a abusividade.
Restou ao digníssimo senhor das honrarias, pedir desculpas publicamente, entrou em acordo com a recepcionista e esperar como dos demais. sua vez para ser atendido.
Os meus  eu´s dilacera-me com o desrespeito de alguns para com o outro.  Carece cada vez mais, urros de verdades, palavras de ordem, vozes em ecos para pregoar em atos concretos  que todos são pessoas, gente de lutas, povo de um povo construído em  mistura de  cores de pele.
 Mesmo que, o tempo e a história   tentem apagar  tamanhas  aberrações do mandonismo cotidiano, incutidas por séculos   e refreada com vigor.  Vejo ainda, muitas pessoas sem noção,  diante do tudo e do nada de  continuar  marchando em ideias preconcebidas de  quem é quem manda em terra brasilis.
 
Irane Castro
São Luís- Maranhão: Ilha do Amor.
Quarta-feira, 10-07-2013
 

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Pretiando por ai...

Eu gosto do impossível,
tenho medo do provável,
dou risada do ridículo e choro porque tenho vontade,
mas nem sempre tenho motivo.
Tenho um sorriso confiante que as vezes não demonstra o tanto de insegurança por trás dele.

Sou inconstante e talvez imprevisível.
Não gosto de rotina.

Eu amo de verdade aqueles pra quem eu digo isso,
e me irrito de forma inexplicável quando não botam fé nas minhas palavras.
Nem sempre coloco em prática aquilo que eu julgo certo.
São poucas as pessoas pra quem eu me explico...

Bob Marley