quarta-feira, 10 de julho de 2013

"ah, palavras que silencia dores"

Pretiando assim:

Foto
Outra passagem inusitada, incidiu-se no sábado (06-07) dentro da minha residência quando  a loja de matérias de construção mandou entregar a encomenda.
Simplesmente,  senti  lampejos de raiva no olhar do  entregador, sua recusa em colocar os objetos dentro da casa e as palavras ásperas ao se dirigir a minha pessoa. Ai,  perguntei-lhe se o escutado sem motivação fazia par do pacote de entrega.
Respondeu-me que não estava ali para dar satisfação. Avisei ao jovem que  atos e/ou ações  de desacato gratuito  contra negro,  idosos  e deficiente (enquadro-me nas três categorias) é  caso de polícia-processo, entraria em contato com a empresa e registaria ocorrência na delegacia.
Quando usei  tamanha afirmação, o outro entregador pediu-me desculpas pelo companheiro,  que o mesmo é atolado em problemas pessoais, o chefe foi enérgico em cobranças a mais um atraso matinal.  Notei que  o  jovem-mediador da situação-problema revelou-se uma pessoa muito humilde, cheia de fé,  praticamente convenceu-me em palavras e  um  olhar de 'salve alguém em  amor'.  
Nesse interim, conferiu, guardou as mercadorias, limpou o local e ao mesmo tempo  conversarmos sobre o acontecido. Num pensamento de lucidez  falei a ambos  que vivenciar e solucionar dificuldades  faz parte  da vida do ser humano, onde cada cota pertence a si e esse assumir  não confere o direito de tratar os demais com falta de educação.
Em minha cabeça desenhava em segundos, o tempo e a historia que pedia para agir com racionalidade,  ir direto a uma delegacia; reclamar na empresa, onde o  jovem poderia perder seu emprego; Ouvir o coração, diante da  experiência de luta individual do rapaz -   relato feito   pelo seu companheiro de trabalho que avisou-me ser  a derradeira  chance de mantê-lo longe do mundo das drogas; Mais uma reclamação, fatal  perda do emprego).
O que fazer diante dessa lacuna aberta e a tentativa   de  controlar o  meu apavoramento da grandeza de desrespeito ao outro ???
 Parei, respirei, pedi um direcionamento,seguir num denominador comum dessa historíola, deixando  prochegar o muito de bem, deixei ir a faceta de  preconceito, apaguei as lágrimas do rosto, desmanchei a raiva do  peito, dialoguei em  acordo de crescimento de muitos eu's,     entreguei a ação de ajudar  a recuperar um ser, também a irradiar  luz-fé por cá., ali, além e acolá.
Aprendi pelo meu caminho do caminho de caminhante do caminho caminhado que  sempre foi cheio de curvas, atalhos a enfrentar as dores dos ontens, sempre  com  orientação de uma mão amiga que ajuda-me a transformar em hoje's de aprendizagens o viver em vida, com vida e pela vida  abalizada em  fé para  recomeçar  o tudo e o nada sempre.
A finalística alegrete  desse conto real, adveio nessa tarde de chuva, com a visitação surpreendente  dos dois rapazes em   minha residência. Vieram aqui, somar  mais  desculpas com uma singela  lembrancinha em forma de 'uma bonequinha negra de pano', agradecimentos e o pedido de adoção  para fazerem parte  da minha lista de afilhados-sobrinhos.
Ah!! Palavras de palavras silenciadas em palavras de histórias do eu de mim, que  conto contadas para decifrar  o  jeitinho Irane de ser - maluquete e irreverente de rescrever  minhas histórias  com novos inicios, meios e melhorados finais  de cada dia de muitas e lindos amanhãs, pra já."
Irane Castro
São Luís- Maranhão: Minha Ilha do Amor.
Quarta-feira, 10-07-2013

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Pretiando por ai...

Eu gosto do impossível,
tenho medo do provável,
dou risada do ridículo e choro porque tenho vontade,
mas nem sempre tenho motivo.
Tenho um sorriso confiante que as vezes não demonstra o tanto de insegurança por trás dele.

Sou inconstante e talvez imprevisível.
Não gosto de rotina.

Eu amo de verdade aqueles pra quem eu digo isso,
e me irrito de forma inexplicável quando não botam fé nas minhas palavras.
Nem sempre coloco em prática aquilo que eu julgo certo.
São poucas as pessoas pra quem eu me explico...

Bob Marley