“Outra passagem inusitada, incidiu-se no sábado (06-07) dentro da minha residência quando a loja de matérias de construção mandou entregar a encomenda.
Simplesmente, senti lampejos de raiva no olhar do entregador, sua recusa em colocar os objetos dentro da casa e as palavras ásperas ao se dirigir a minha pessoa. Ai, perguntei-lhe se o escutado sem motivação fazia par do pacote de entrega.
Respondeu-me que não estava ali para dar satisfação. Avisei ao jovem que atos e/ou ações de desacato gratuito contra negro, idosos e deficiente (enquadro-me nas três categorias) é caso de polícia-processo, entraria em contato com a empresa e registaria ocorrência na delegacia.
Quando usei tamanha afirmação, o outro entregador pediu-me desculpas pelo companheiro, que o mesmo é atolado em problemas pessoais, o chefe foi enérgico em cobranças a mais um atraso matinal. Notei que o jovem-mediador da situação-problema revelou-se uma pessoa muito humilde, cheia de fé, praticamente convenceu-me em palavras e um olhar de 'salve alguém em amor'.
Nesse interim, conferiu, guardou as mercadorias, limpou o local e ao mesmo tempo conversarmos sobre o acontecido. Num pensamento de lucidez falei a ambos que vivenciar e solucionar dificuldades faz parte da vida do ser humano, onde cada cota pertence a si e esse assumir não confere o direito de tratar os demais com falta de educação.
Em minha cabeça desenhava em segundos, o tempo e a historia que pedia para agir com racionalidade, ir direto a uma delegacia; reclamar na empresa, onde o jovem poderia perder seu emprego; Ouvir o coração, diante da experiência de luta individual do rapaz - relato feito pelo seu companheiro de trabalho que avisou-me ser a derradeira chance de mantê-lo longe do mundo das drogas; Mais uma reclamação, fatal perda do emprego).
O que fazer diante dessa lacuna aberta e a tentativa de controlar o meu apavoramento da grandeza de desrespeito ao outro ???
Parei, respirei, pedi um direcionamento,seguir num denominador comum dessa historíola, deixando prochegar o muito de bem, deixei ir a faceta de preconceito, apaguei as lágrimas do rosto, desmanchei a raiva do peito, dialoguei em acordo de crescimento de muitos eu's, entreguei a ação de ajudar a recuperar um ser, também a irradiar luz-fé por cá., ali, além e acolá.
Aprendi pelo meu caminho do caminho de caminhante do caminho caminhado que sempre foi cheio de curvas, atalhos a enfrentar as dores dos ontens, sempre com orientação de uma mão amiga que ajuda-me a transformar em hoje's de aprendizagens o viver em vida, com vida e pela vida abalizada em fé para recomeçar o tudo e o nada sempre.
A finalística alegrete desse conto real, adveio nessa tarde de chuva, com a visitação surpreendente dos dois rapazes em minha residência. Vieram aqui, somar mais desculpas com uma singela lembrancinha em forma de 'uma bonequinha negra de pano', agradecimentos e o pedido de adoção para fazerem parte da minha lista de afilhados-sobrinhos.
Ah!! Palavras de palavras silenciadas em palavras de histórias do eu de mim, que conto contadas para decifrar o jeitinho Irane de ser - maluquete e irreverente de rescrever minhas histórias com novos inicios, meios e melhorados finais de cada dia de muitas e lindos amanhãs, pra já."
Irane Castro
São Luís- Maranhão: Minha Ilha do Amor.
Quarta-feira, 10-07-2013
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Pretiando por ai...