quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

"[...]dor da ausência é a única que não tem prazo de validade"

Pretiando assim:


 

"Sofro-me o momento por vidas interrompidas que não voltam, a dor da saudade dos familiares que serão punidos pela eterna falta de seus filhos vítimas da irresponsabilidade de muitos, será sentida sempre, falada-comentada-usada por uns e continuará descaso quando a notícia perder o sensacionalismo,
Até quando?
Quando a proxima tragédia acontecer?
Tudo será remexido, cavucado de novo, sem levar em conta, que cada vez que remexem, as feridas não cicratizadas dos familiares se abrem com o alarde do propaguear da problemática novamente.
A indignação é tamanha em saber que o fogo apagou, o cheiro da fumaça amenizou, os estragos da queimadura até agora ceifaram 234 vozes para sempre com acrescimo no quantitaivo a qualquer momento.
Agora,  medidas de prevenção de nore ao sul do país,  depois do caldo entornado literalmente. E  nada a será feito quando a poeira assentar.
Apenas ficará o grito de silêncio de garotas e garotas que não tiveram tempo do tempo de viver, de vivenciar-mos a impunidade mais uma vez e  a prevalência da exploração do ter que cada vez mais vai enterrando o ser.
Correm daqui e dali para apresentar-criar-explorar uma resposta que é urgentemente cobrada no calor dos acontecimentos. Esticar-prender-averiguar culpados até a cinza tomar conta de tudo ou o  assunto perde-se no vento.
Choro em saber, que mais uma vez, a certeza que a unica coisa que sobra é dor da ausência - de quem perdeu, e essa, eu garanto, é a única que não tem prazo de validade.
Que fé e palavras de esperança conforte a dor da falta desses filhos, de todos as familias que choram essa tormenta que interrompeu vidas dos que foram, dos que ficaram., dos gritos que não serão esquecidos pelos que presenciaram o horror do momento, de perguntas que podem nunca ter respostas para o silêncio de pesar de uma sociedade que apenas  solidariza-se com as perdas humanas."
Irane Castro
Meu mundo dos L's - letras, leituras e livros
31-01-2013
 
 

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Pretiando por ai...

Eu gosto do impossível,
tenho medo do provável,
dou risada do ridículo e choro porque tenho vontade,
mas nem sempre tenho motivo.
Tenho um sorriso confiante que as vezes não demonstra o tanto de insegurança por trás dele.

Sou inconstante e talvez imprevisível.
Não gosto de rotina.

Eu amo de verdade aqueles pra quem eu digo isso,
e me irrito de forma inexplicável quando não botam fé nas minhas palavras.
Nem sempre coloco em prática aquilo que eu julgo certo.
São poucas as pessoas pra quem eu me explico...

Bob Marley