terça-feira, 20 de novembro de 2012

{....} ter atitude de ser negritude.

Pretiando assim:
Ontem, Hoje, Amanhã e Sempre estarei a questionar o que penso-vejo-aceito-discordo-concordo dentro das permanências e mudanças como um ponto discutível no meu tempo-espaço-agora. Ai em domesticados devaneios lembrei-me de um quadro humorístico visto pelas bandas daqui em que  o " homem e  sua consciência dialogam sobre os fatos corriqueiros do cotidiano, questionando sobre "o que é consciência e ai ela respondia "sempre diante de um fato acontecido fica- se a perguntar o que é mesmo que o OUTRO quer ouvir". 

Quero assim aprazear o "Doce Novembro" sem chuvas e muito calor com realistica mensagem que  por cá estou a refletir e a cantarolar; "os meus olhos coloridos.  Me fazem refletir. Eu estou sempre na minha.  E não posso mais fugir {...}. Digo que exemplificando tal e qual a comemoração afiançada a esse  20 de Novembro de 2012 venho escrevinhar pela noção de "ter atitude de ser negritude".
A música prossegue "mas verdade é que você - (Todo brasileiro tem {     } sangue crioulo,  {    }cabelo duro  {    }  Sarará crioulo {...} e com estas palavras lanço-me para uma conversação com minha consciência sobre a formação do caldeirão étnico Brasil, sobre a situação premente de norte a sul de um território construído com "as mãos e os pés" que pertenciam a donos por compra-direito (senhores de engenho) e as dores da vida destes construtores que  ainda escutam  a risada-gargalhada como diz  a letra da Sandra de Sá "Você ri da minha roupa,  {     }  do meu cabelo, {    } da minha pele, {....} e  do meu sorriso {...}. Uma que rasga se confunde no tempo-histórico de famosas "leis para inglês ver" (ditado popular) do período da Colônia e por boa parte da Monarquia Brasileira quando aqui, com o famoso jeitinho brasileiro,  enganavam a Marinha Inglesa,  continuavam a ganhar dinheiro com o contrabando de homens e mulheres negras, cabides da  tráfico humano e da escravidão despudorada que assolou por 300 anos de lágrimas as terras brasilis e fonte de enriquecimento das potências da época.

A melodia continua " Não! Não! Não posso mais fugir {    } E eu no meu converser lembro que agora são  cicatrizes de feridas atuais, necessitadas de políticas afirmativas práticas, mas próxima de uma  luta sem tréguas,  para saber-fazer o que o OUTRO quer ouvir sobre tal festança num país recheado de minorias sociais que precisam ser lembradas diurnamente. Carece de  urgentes medidas-práticas para consolidar a gritante exacerbação racial que longe de esquecer a cor da pele, amplia cada vez mais, as vertentes por ser este ou aquele individuo pobre, nordestino e/ou sulista branco-pobre que vira negô por ser favelado.
Igualmente e legalmente asseverado   pela   Magna  Carta de 1988  que todos tem direitos iguais no papel  e se perceber cotidianamente que estes são desconsiderado,  sem chance de ter direito de ter direito.  Urge um grito de "que é preciso ser um (a) negro (a) de  ter atitude,  consciência, respeito, valorização diária  e buscar caminhos para  seu crescimento pessoal e coletivo .
Nesse falatório com minha consciência até agora fico a meditar se sei o real significado de ter consciência. Mas, do jeitinho Irane de ser - irreverente, instigante e até intransigente com a urgência de entendimento vivenciado que não se deve esconder-se detrás da cor da pele, deve-se ter  coragem de  lutar para  ser um caminhante do que objetiva para si, um algo que parece difícil, mas não impossível de ser/ter atitude de ser negritude.
Sei que estou a dedilhar um palavreado solto, sem nexo, sem conotação de destruir as conquistas alcançada pelos bravos grupos que abrem espaço  nesta sociedade enganadoramente livre de ismos do racismo - quer da cor da pele, situação financeira ou seguimento religioso que ao mesmo tempo, escondedora de fatos corriqueiros que aflora irritantemente irritante a minha mania  de ser irritante com fatos que agride o meu "ser negra",  de  algo real,  fora  de uma condição subordinada a datas, mas,  dentro de lutas que experiencio na labuta diária para desembaralhar minha ancestralidade, construir  um caminho diferente para meus descendentes no prosseguir   da história do Eu, Tú, Nós e Todos que são  o Brasil.
Irane Castro
(20-11-12)



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Pretiando por ai...

Eu gosto do impossível,
tenho medo do provável,
dou risada do ridículo e choro porque tenho vontade,
mas nem sempre tenho motivo.
Tenho um sorriso confiante que as vezes não demonstra o tanto de insegurança por trás dele.

Sou inconstante e talvez imprevisível.
Não gosto de rotina.

Eu amo de verdade aqueles pra quem eu digo isso,
e me irrito de forma inexplicável quando não botam fé nas minhas palavras.
Nem sempre coloco em prática aquilo que eu julgo certo.
São poucas as pessoas pra quem eu me explico...

Bob Marley