segunda-feira, 16 de julho de 2012

Tentei, não deu! Nem mesmo, um muito obrigado!!

Pretiando assim
Como canta o rei "Quem espera que a vida. Seja feita de ilusão. Pode até ficar maluco. Ou viver na solidão. É preciso ter cuidado. Prá mais tarde não sofrer. É preciso saber viver...[...].
Realmente "é preciso saber  viver. Ai, tenho que aprender a controlar essa dorzinha que incomoda no momento - fracasso.Tentei, não deu! Nem mesmo, um muito obrigado!! Fiquei triste. Mas, a vida é de luta. Tudo tem que continuar. Não posso desanimar, pois de batalhas em batalhas é que vou adquirindo forças para enfrentar a guerra maior - A VIDA.
Abaixo um exemplo que não sei poetizar. Mas, continuarei a escrever o que sinto, por aqui, ali e acolá...Tema: A fada - madrinha real: o começo de começar a saborear os livros e ação de professorar
As histórias contadas para as crianças sempre começa com “Era uma vez....”, uma senha para o mundo mágico das palavras, viagens imagináveis, situações reais e o universo de curiosidades que fica povoando a imaginação infantil.Igualmente, essa aqui começa assim,era uma vez uma menininha chamada Joana que desde cedo deixava a imaginação fluir entre animais de estimação, subir em árvores, brincar de balanço, banhar em rio no fundo do quintal entre tantas outras diversões na casa-sítio que dividia com seus familiares.
No entanto, diferentemente das demais crianças da casa que brincavam demais - tudo era bom para eles - a garotinha magrela além de alguns probleminhas de saúde, apresentava no olhar interrogações; na boca tinha sempre um por que, como, onde, quando; e ouvidos em sucessivo estado de alerta a espera de respostas, para como mudar isso ou aquilo, em situações que cercam o cotidiano de uma criança de bairro periférico de uma cidade interiorana qualquer.
Com indagações daqui e dali, Joana tirava a paciência dos adultos, ganhou a implicância dos mais novos, começou a refugiar-se na imaginação com os “amiguinhos invisíveis”, ficar arredia e medrosa, uma preocupação familiar. Como nos contos infantis, de repente com uma palavra ou “um passe de mágica”, a solução foi encontrada de forma simples, surge a Tia-madrinha Amélia, que levou a garotinha para sua casa para passar uma temporada. A mudança era apenas para a casa em frente (todos na rua eram parentes) e, nesse arranjo familiar, desperto numa casa-mágica recheada de livros, que todos os irmãos, primos, coleguinhas compartilhavam, mas a partir daquele momento, tornou-se exclusivamente sua madrinha, casa e mundo.
Nessa longa temporada, a convivência foi iniciada por sua voz cantada-versadadas historinhas infantis, dos personagens/situações, do apreciar o mundo de Monteiro Lobato e tantos outros. De tal modo, ensinou-lhe a codificar as letras (alfabetização), em pouco tempo, faltando 3 meses para completar 4 anos de idade, recebeu o passaporte para passear entre as palavras, “JACA” foi a primeira, de tantas que desengatou a palavrear.
Tanto que,a menina-Joana cedo aprendeu a escalar a leitura, se perder entre as estantes-livros, provar os parágrafos, deleitar-se com páginas excursionar por livros e desbravar cidades/ países/continentes,tabular conversa com grandes e/ou abomináveis personagens (homens/ mulheres/objetos). Também se compreendeu através de respostas às sindicâncias que instaurava em conjunturas reais/imagináveis de uma história e com o direcionamento da aprendizagem enfileirou defensores, criou escudos de proteção para batalhar por ideias, alongar o olhar para o conhecimento.
Esse delírio acelerou na adolescência diante da luta pela saúde e, fez da escrita/ leitura o seu refúgio, solução e caminho para enfrentar as situações-problemas e encontrar uma saída para a vida de adulta. Hoje, a herança desses ensinamentos proporciona-lhe um jeitinho particular de professorara Disciplina História em seu laboratório diário (sala de aula),junto com alunos-parceiros vai (re) criando, (re) inventando, questionando, colorindo/pintando o sete – em viagens históricas através de leituras/livros, internet, escrita/blog’s, comunicação/face e o que lhes vier.
No momento, Joana e permite a colecionar personagens e fatos reais como se ela fosse a fada-madrinha, como o caso de Jonathan – o carioca, o garoto que tem no olhar interrogações, queria conhecer o mundo - imaginação/real e muito parecido com aquela garotinha que perguntava muito e encontrou o caminho de respostas através dos livros. Depois de longos 06 anos, contando a data de abril de 2012, a Orientadora-pedagógica da escola, vem avisar que tem alguém que precisa falar urgentemente e a espera lá embaixo. Ao iniciar a descida dos degraus,vê “um Jovem lindo, com as divisas expostas,a mulherada em pavorosa balburdia ou suspiro pelo galante marinheiro”. Lá de cima, não sabia se era cabo, tenente, qualquer coisa, apenas que seus olhos se deparam com cenas de contos infantis e a fez relembrar quando “a rainha majestosamente no patamar mais alto, desce a escada, o súdito lhe aguarda, oferece-lhe a mão quase no ultimo degrau da escada e, depois ajoelha-se em reverência”.
A encenação real despertou-a quando escutou a frase chiada nos S’s do carioca,“Tia, você está tomando chá de formol, continua a mesma – não envelhece. A mesma imagem que carrego comigo sempre. Não, poderia deixar de passar em São Luís, depois de tanto tempo sem vê-la, dizer que ensinou-me o caminho para viajar através das leituras ....”.
Depois de trocarem um longo e apertado abraço, o jovem continua palavreando sua rotina diária “[...] agora, quando chego em determinado lugar, reconheço/investigo/ questiono/justifico – já estive aqui através de leituras ou acrescento mais informações. Quero reafirmar aquilo que me ensinastes a adquirir através dos livros – conhecimento.
As lágrimas se misturam,Joana tem a sensação de alegria estampada no rosto e escuta uma frase –mágica ser repetida no tempo/espaço “Tia-madrinha, agora no final da frase – Joana, és a minha fada madrinha real”. Por fim, uma lição aprendida e repassada entre palavras-leituras-livros o  sabor de professorar aprendido lá na infância com sua fada- madrinha real, pontuou o caminho com o saber/pesquisa e agora utilizo como ferramenta para lutar do jeito Joana de ser (irreverente e maluquete) a dilatar o OLHAR para a realidade, aprendendo individualmente/coletivamente a buscar caminhos de ações de consciência do SER, TER e estar na/ e para a vida por um MUNDO MELHOR.

Irane Castro
(16.07.12)



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Pretiando por ai...

Eu gosto do impossível,
tenho medo do provável,
dou risada do ridículo e choro porque tenho vontade,
mas nem sempre tenho motivo.
Tenho um sorriso confiante que as vezes não demonstra o tanto de insegurança por trás dele.

Sou inconstante e talvez imprevisível.
Não gosto de rotina.

Eu amo de verdade aqueles pra quem eu digo isso,
e me irrito de forma inexplicável quando não botam fé nas minhas palavras.
Nem sempre coloco em prática aquilo que eu julgo certo.
São poucas as pessoas pra quem eu me explico...

Bob Marley