Escrever é o encontro com o papel e o lápis (caneta, computador,etc) enseja a sensibilidade, demanda um necessário encanto, realiza a mágica que cria elos que tendem a ser indissolúveis na relação entre homens e letras. Nessa incidência, vejo que o ato de escrever é uma pratica diária, mania, desabafo, inspiração, tradução de pensamentos, de dizer o que sente e/ ou que não sente. De explicar o inexplicável, desenhar a poesia e descrever o poeta alegre, triste, criativo, emotivo e por tantos e tantos is.
Pablo Neruda disse certa vez: "Escrever é fácil - você começa com letra maiúscula e termina com ponto final. No meio você coloca idéias". É exatamente nesse meio que podemos concentrar nossas ações, o que não se faz somente com letras e palavras. Na realidade, é um espaço em branco que se preenche com palavras soltas, e/ou pensadas, com e/ou sem nexo, medos e desejos, alegrias e tristezas, (in)certezas, estudo, pesquisa, ansiedade, cobranças e projetos de vida e muito mais.
Assim, a leitura é a condição indispensável para pensar e escrever melhor. Dessa forma,(re) escrever o mundo da forma que te convêm – (re)criando, (re)inventando, (re)descobrindo e o modo de esgarçar a visão de mundo - normalmente estreita e condicionada. A estrada é longa, nela não cabem atalhos ou bifurcações mágicas. Urge que cada um estabeleça seu próprio caminho.
A contribuição de Gabriel Perissé diz que “para aprender e adquirir o gosto pela leitura, só lendo. E para escrever, só mesmo tentando escrever”, ou seja, para aprender a escrever é preciso escrever. E, para escrever, cada pessoa deve procurar encontrar e ir sempre aperfeiçoando uma técnica pessoal que a ajude a explorar e exprimir os seus talentos, a sua personalidade, as suas idéias, os seus sentimentos, tudo o que aprendeu e tudo certamente nos ensina a sermos um pouco mais e nos capacita a expressar os talentos que dormitam dentro de nós.
Por isso, como a certeza de mudanças, me apodero do mundo mágico da leitura – desvendo sonhos, conheço lugares e pessoas, decifro enigmas e estou na busca de novos caminhos. Nesse percurso, enfeito a realidade com as cores que me convém - enfrento do jeito que posso.
Luto por mudanças, do jeito Irane de ser - rabiscando, (re)inventando, (re) criando e remendando a vida. Não posso mudar o mundo. Mas, posso meu mundo mudar - mexer e colorir de alegria, paz e muito de tudo aquilo que quiser com os conhecimentos que adquirir no ato de ler, pensar e escrever.
Irane (08.07.10)
Irane (25.12.11)
Irane (25.12.11)
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Pretiando por ai...