quinta-feira, 8 de julho de 2010


Escrever é o encontro com o papel e o lápis (caneta, computador,etc) enseja a sensibilidade, demanda um necessário encanto, realiza a mágica que cria elos que tendem a ser indissolúveis na relação entre homens e letras. Nessa incidência, vejo que o ato de escrever é um dom, uma pratica diária, mania, desabafo, inspiração, tradução de pensamentos, de dizer o que sente e/ ou que não sente. De explicar o inexplicável, desenhar a poesia e descrever o poeta alegre, triste, criativo, emotivo e por tantos e tantos is.

Pablo Neruda disse certa vez: "Escrever é fácil - você começa com letra maiúscula e termina com ponto final. No meio você coloca idéias". É exatamente nesse meio que podemos concentrar nossas ações, o que não se faz somente com letras e palavras. Na realidade, é um espaço em branco que se preenche com palavras soltas, e/ou pensadas, com e/ou sem nexo, para os medos e desejos, alegrias e tristezas, (in)certezas, estudo, pesquisa, ansiedade, cobranças e projetos de vida.

Assim, a leitura é a condição indispensável para pensar e escrever melhor. Dessa forma,(re) escrever o mundo da forma que me convêm – (re)criando, (re)inventando, (re)descobrindo e o modo de esgarçar a visão de mundo - normalmente estreita e condicionada. A estrada é longa, nela não cabem atalhos ou bifurcações mágicas. Urge que cada um estabeleça seu próprio caminho.

A contribuição de Gabriel Perissé diz que “para aprender e adquirir o gosto pela leitura, só lendo. E para escrever, só mesmo tentando escrever”, ou seja, para aprender a escrever é preciso escrever. E, para escrever, cada pessoa deve procurar encontrar e ir sempre aperfeiçoando uma técnica pessoal que a ajude a explorar e exprimir os seus talentos, a sua personalidade, as suas idéias, os seus sentimentos, tudo o que aprendeu e tudo certamente nos ensina a sermos um pouco mais e nos capacita a expressar os talentos que dormitam dentro de nós.

Por isso, como a certeza de mudanças, me apodero do mundo mágico da leitura – desvendo sonhos, conheço lugares e pessoas, decifro enigmas e estou na busca de novos caminhos. Nesse percurso, enfeito a realidade com as cores que me convém - enfrento do jeito que posso.

Luto por mudanças, do jeito Irane de ser - rabiscando, (re)inventando, (re) criando e remendando a vida।Não posso mudar o mundo. Mas, posso meu mundo mudar- mexer e colorir de alegria, paz e muito de tudo aquilo que quiser com os conhecimentos que adquirir no ato de ler, pensar e escrever.

Irane


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Pretiando por ai...

Eu gosto do impossível,
tenho medo do provável,
dou risada do ridículo e choro porque tenho vontade,
mas nem sempre tenho motivo.
Tenho um sorriso confiante que as vezes não demonstra o tanto de insegurança por trás dele.

Sou inconstante e talvez imprevisível.
Não gosto de rotina.

Eu amo de verdade aqueles pra quem eu digo isso,
e me irrito de forma inexplicável quando não botam fé nas minhas palavras.
Nem sempre coloco em prática aquilo que eu julgo certo.
São poucas as pessoas pra quem eu me explico...

Bob Marley